Résumés Axe 2: DE L’INVISIBILITE A L’ICONOGRAPHIE ATOMISEE : VISUALISER LES DIASPORAS ET LES MINORITES

Les résumés de chaque communication sont téléchargeables et traduits en anglais, français et portugais.

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Carla Francisco - Da « machila » à « cadeirinha » : a visualidade do escravo carregador em Goa e no Brasil
A imagem do escravo negro que carrega sobre uma liteira uma pessoa, normalmente uma mulher branca ou mestiça, constitui-se como um arquétipo na iconografia da escravidão no Brasil. Tal cena é tão emblemática nesta iconografia que ela se apresenta não somente como um modelo de representação, retomado pelos diferentes produtores dessas imagens, mas também como uma estrutura do imaginário visual a respeito da América portuguesa e do Brasil imperial. O uso da “cadeirinha” é tão difuso nesta sociedade que ele se configura como um capítulo da história do transporte no Brasil. No entanto, enquanto a iconografia brasileira ainda se encontra sob o símbolo do canibal, a de Goa já se afirma através de composições em que a cena consiste a representar visualmente escravos que carregam a elite portuguesa sobre as “machilas”.
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Chantal Zheng -Identidade diaspòrica transnacional, transmissão da memória e re-implantação no país de origem através os exemplos dos Chineses da ilha de Quemòi (Taiwan) e dos Chettiars do Tam
Trata-se de uma perspetivação da dinâmica cultural da desterritorialização de duas comunidades diaspóricas da Asia, examinando a configuração de um espaço migratório que salienta as mesmas caraterísticas culturais. A comunidade chinesa de Quemói (um arquipélago localizado a 10kms das costas chinesas sob a jurisdição de Taiwan) migrou maciçamente, no inicio do século XX, para as colónias europeias do Sudeste Asiático onde algumas famílias, depois de fazerem fortuna, regressaram ulteriormente ao país natal para lá construírem exuberantes casas “coloniais”, nova caraterística da sua identidade de diáspora e do seu estatuto social. A comunidade dos Chettiars, banqueiros influentes e empresários dinâmicos, é originária do sul da India, região do Chettinad no Tamil Nadu. Tal com os Quemóis, esta comunidade exilou-se no Sudeste Asiático no fim do século XIX, e igualmente, regressou regularmente ao país natal, para lá construírem dispendiosos palácios n
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Cristina Castelo Branco -Arquitetura como expressão de culturas e criação de memórias
A questão das identidades e culturas é, nos nossos dias, centro de um debate, sobretudo no possível choque entre culturas locais e culturas globais.
A arquitetura portuguesa, enquanto expressão física/ material de uma cultura nacional particular, tem sido alvo de investigações recentes, que nos têm conduzido ao reconhecimento de uma expressão particular, através dos seus resultados edificados, quer em passados longínquos [já patrimonializados], quer em passado recentes [potencialmente patrimonializàveis].
A presente comunicação, abordará uma problemática que traz à luz um conjunto de questões como a) a existência de uma especifica identidade de uma arquitetura portuguesa, de b) como se mantém essa cultura nacional especifica em situações de diáspora ou de globalização (considerando, conforme Morin, o processo de mundialização iniciado no final do seculo XV, com a conquista das Américas e a circum-navegação de Fernão de Magalhães.) (Morin, 2011, p. 25)
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Filipa Lowndes Vicente -Objets, images et identités dans des expositions industrielles, agricoles et artistiques à Goa (1860-1952)
En 1860, Goa a accueilli une exposition avec le mot « industrie » dans son titre et presque 3000 objets ou échantillons, tous décrits dans un catalogue imprimé. L’organisation d’expositions à Goa peut aussi être analysée comme un moyen d’appropriation de discours et de pratiques associées au progrès et à la modernité tels qu’ils l’étaient conçus, et devenir ainsi un moyen de combattre le paradigme également persistant de la « décadence » associée à l’Empire portugais d’Asie au milieu du XIXe siècle.
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José Pessoa - Diásporas e locais de memória : o dossiê UNESCO do Cais do Valongo (desembarcadouro e cemitério dos escravos) do Rio de Janeiro
A importância do Sítio Arqueológico Cais do Valongo se relaciona diretamente a sua função e significado que lhe conferem uma dimensão única na trajetória da humanidade: trata-se do núcleo central de uma área portuária pela qual chegou às Américas a maior quantidade de africanos escravizados de toda a história do tráfico atlântico. O Brasil foi o país que mais recebeu cativos trazidos da África e o Rio de Janeiro foi seu principal porto a partir de fins de século XVIII, sendo a região do Valongo o local de entrada e o centro do comércio escravagista na cidade naquela época. O Sítio Arqueológico Cais do Valongo não se impõe pelo valor histórico como patrimônio material, apesar dos seus degraus de pedra, preservados ao longo do tempo. Reside no valor simbólico que sintetiza toda a tragédia do tráfico de africanos cativos para as Américas a sua principal dimensão como patrimônio da humanidade.  Apresentaremos o processo de patrimonialização pela UNESCO
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Mónica Esteves Reis -Três visões em três séculos do património edificado, integrado e móvel de Goa: “A Índia Portuguesa” de Lopes Mendes (Século XIX), o acervo documental da Brigada de Mo
A 19 de abril de 1862, Lopes Mendes é contratado para prestar serviço ao governo de Portugal na qualidade de agrónomo no Estado da Índia. Embarca, 4 meses depois, com destino à Índia para uma missão de 9 anos. Fruto das suas atividades nasce a obra “A Índia Portuguesa”. Nas primeiras páginas revela-se o desejo de exaltação um passado glorioso quando justifica a necessidade da obra: “estimulados pelo desejo íntimo de ser útil ao nosso país, perpetuando pelo desenho os gloriosos monumentos e ruinas, que por lá vimos, testemunho eloquente da nossa passada grandeza na Ásia”. Ilustrando as suas palavras, Francisco Pastor providencia as mais de 180 gravuras, cerca de 40 de património edificado que, mesmo no seu enquadramento romantizado, cristalizam a memória de alguns exemplares e envolvimento que, entretanto, desapareceram. Cerca de um século mais tarde, em abril de 1951, o projeto de estudo dos monumentos da Índia que Mário Tavares Chicó propõe ao estado po
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Pauline Cherrier -O carnaval de Oizumi no Japão: do festival dos imigrantes brasileiros à política turística municipal
Em 1990, a modificação da lei de imigração japonesa implicou um aumento nos fluxos de imigração. Entre esses novos imigrantes recém-chegados, os Brasileiros de ascendência japonesa eram os mais numerosos. De fato, os estrangeiros de origem japonesa ou nikkeijin em japonês, estavam se beneficiando de uma política privilegiada de imigração étnica que lhes permitia trabalhar indefinidamente no Japão e para qualquer tipo de ocupação profissional. Desde que 200.000 Japoneses emigraram para o Brasil entre 1908 e 1939, tal política tem sido qualificada como uma política de “migração de retorno”. No entanto, para as autoridades japonesas, essa “migração de retorno” deveria ser temporária e lidar com escassez de mão de obra para trabalhos não qualificados (sujos, difíceis, perigosos).
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Pedro Carmos Costa - Elites Católicas Goesas – a diáspora quotidiana.
As elites católicas goesas, em particular as nativas, brâmanes e chardós católicos, viveram durante quase quatro séculos um exercício de diáspora quotidiana. Enxertados pela conversão num tronco Europeu, estes goeses transitam, na sua terra natal, entre dois mundos, todos os dias: de um referencial com raízes Indianas, Oriental para um referencial Português, Europeu, Ocidental. A introdução da fotografia em Goa é um contributo que ilustra este movimento pendular, mas sobretudo o retratar desses goeses no referencial Ocidental. Como colecionador e interessado pelo estudo das elites goesas nativas, interessa-me entender as motivações dessa incessante diáspora, emergência de uma identidade Goesa algures no meio, mas também porque essa forma de ser única preparou os Goeses para diásporas maiores, onde a sua adaptabilidade natural a novas culturas e contextos foi tão importantes.
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Regina Célia de Carvalho Pereira da Silva -Entre-culturas e cores: Ângelo da Fonseca (1902-1967) de S. Estevão
A valorização, consolidação e divulgação do património histórico, cultural, social e religioso goês não prescinde da preservação dos edifícios históricos realizada através dum restauro arquitectónico minucioso, da conservação dos espaços físicos mediante a organização de ações museológicas e de recuperação da memória histórica, da tutela, catalogação e arquivo das fontes documentais e literárias assim como da valorização de eventos de carácter tradicional locais. Contudo urge um alargamento de visão de modo a preservar a memória cultural e histórica presente noutros âmbitos artísticos que revelam de modo transparente e incensurado o modus vivendi e/ou pensante de quem viveu e vive entre culturas, entre religiões, entre vários modos de pensar e agir. Este estudo insere-se nesta linha e tem como objetivo difundir a figura e a obra de Ângelo da Fonseca proporcionando o conhecimento de um pintor goês que obrigado a abandonar a sua terra natal, Ju
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